quarta-feira, 3 de junho de 2009

Solstício de Inverno - YULE


- YULE (20-22 Dez/Hemisfério Norte; 20-22 Jun/Hemisfério Sul): celebra-se o Solstício de Inverno, cuja data pode variar. ESCURO

YULE: o Yule é celebrado no SOLSTÍCIO DE INVERNO e marca o ponto alto do mesmo. A palavra Yule tem origem do termo germânico “Iul” e significa “Roda”. Yule celebra o Inverno, e com ele o renascimento do Deus Sol. Como Yule corresponde ao dia de duração mais curta do ano, ele marca o dia em que há a menor intensidade de incidência da luz do Sol, e após isso, o Sol recomeça a se fortalecer.

Yule é um sabbat solar e é consagrado ao Deus Ancião, o Senhor do Inverno. Este antigo Deus possui muitos nomes, tais como Cernunnos, Odin, Harlequin, Santa Claus, e o Rei do Azevinho. Este Deus é descrito como um homem idoso, majestoso e freqüentemente alegre. Algumas vezes Ele é mostrado como um Rei em vestes enfeitadas com arminho. Outras vezes Ele é mostrado como um bufão e chamado de Rei dos Tolos. Como a Anciã é a Deusa da Morte, o Deus Ancião é o Senhor da Morte e do Mundo Espiritual e mágico. Ele é o Deus das florestas, dos animais, e da caça. Freqüentemente Ele é mostrado com cornos ou chifres. Nesta forma Ele é o tema de uma das pinturas mais antigas de que se tem conhecimento, “Le Sorciere”, uma pintura rupestre da Era Cro Magnon.

O Yule é também conhecido como Ápice do Inverno (Midwinter), e como Alban Arthan (pronuncia-se “AL-bahn AR-than”).

(Fonte: Correllian Wicca First Degree Course. Lesson 3)

CRIANDO UM ALTAR PARA YULE

Velas são extremamente importantes neste Sabbat, pois é uma celebração da luz. Use velas vermelhas, verdes e brancas. Use sempre-vivas de todos os tipos, e fragrâncias agradáveis. Azevinho e seus frutos vermelhos são também uma adição maravilhosa à decoração. Use um símbolo solar para celebrar o retorno do Sol. Os druidas reverenciavam os frutos brancos do visco como análogo ao sêmem do Deus, e por isso o visco também pode ser colocado no altar, ou junto às portas para o tradicional beijo sob estes (é possível nossos Ancestrais deixarem mais que um beijo sob este símbolo de fertilidade). Frutos do carvalho, pinhas, maçãs, bastões de canela e romãs são apropriadas para a decoração do altar em Yule.
Lembre-se: os frutos do visco são extremamente venenosos e por isso mantenha-os longe do alcance de crianças e animais!

MITOLOGIA DO YULE – CONTO

“O PRIMEIRO YULE”
(Autor desconhecido – retirado da lista de discussão Begginers Wicca – http://br.groups.yahoo.com/groups/beginnerswicca )

Era uma vez, há muito tempo atrás, uma jovem que vivia numa ilha.

Ela tinha muitos amigos na ilha, fadas, árvores, flores, coelhos, gamos e aves... mas ela era a única pessoa que lá vivia. Ela queria compartilhar seus amigos e seus segredos com outras pessoas como ela, então ela começou a dar à luz. Todo mês quando a lua estava
alta, ela dava à luz. Pelos primeiros seis meses ela deu à luz a filhas com pele e olhos escuros.

Nos seis últimos meses do ano ela deu à luz a filhas de pele branca. Na sétima Lua de cada ano a Primeira Mãe dava à luz a carvalhos sagrados e mágicos.

Com o passar dos anos muitas filhas nasceram, mas apenas poucos carvalhos. As filhas brincavam com os animais e entre elas, subiam nos galhos dos carvalhos e colhiam flores com as fadas. Um dia a filha mais velha da Primeira Grande Mãe deu à luz a si mesma!

A Primeira Grande Mãe ficou orgulhosa e feliz, sua amiga favorita, uma árvore de carvalho (que era muito sábia) deu à ela uma coroa prateada para usar e disse-lhe que ela era agora a Grande Mãe!

Logo, muitas filhas deram à luz, e a ilha tornou-se um lugar sempre feliz, cheio de bebês e meninas e mamães as quais todas brincavam juntas com os animais, as árvores e as Fadas.

Em uma noite de inverno quando a lua estava alta, uma das filhas deu à luz a um bebê que era diferente de qualquer outro que elas conheciam. Ele não era uma filha, nem um carvalho, era um bebê MENINO! Era uma noite muito fria e escura, a noite de inverno mais longa do ano, e então todas as filhas e todos os animais estavam agarrados uns aos outros para manterem-se confortáveis e aquecidos.

Após a euforia de ver um bebê recém-nascido, as filhas e os animais notaram que o bebê menino não estava passando bem.

Ele não estava tão forte ou tão quente como os bebês e as árvores que normalmente nasciam na ilha. Todas começaram a se preocupar com o novo bebê, e tentaram ajuda-lo a manter-se aquecido. Os animais com sua pelagem se colocaram junto à Mãe e o bebê, as fadas lançaram poeira mágica sobre ele, e as meninas mais novas cantaram lindas canções por todo o local.

Mas o bebê não se mantinha quente suficiente e em breve ele estaria muito frio e cansado para chorar ou para mamar o leite de sua Mãe. A primeira Grande Mãe estava muito preocupada com o bebê!

Ela tentou esconder suas lágrimas de suas filhas e correu para a floresta. A neve estava muito profunda e cheia de cristais brancos. Ela tentou caminhar, mas estava fundo demais. Então sua amiga, a coruja carregou-a por sobre a neve, e entrou na floresta mágica onde vivia sua amiga, a primeira árvore, a sábia árvore de carvalho sagrado. A Primeira Grande Mãe pensava em pedir à Sua amiga um conselho sobre o bebê menino. Quando a coruja chegou ao Sagrado Carvalho, a Grande Mãe deu um grito de espanto!

Não havia muita neve no chão ali, e no meio de um círculo perfeito jazia sua amiga, o Carvalho.

A árvore havia caído ao chão e quebrou numa pilha de troncos e galhos. Ela avançou para ajoelhar-se ao lado da árvore quebrada, e suas lágrimas correram como pequenos pedaços de gelo em sua face.

Enquanto ela tentava entender o que havia acontecido com sua querida amiga, um coiote adentrou o círculo e roçou junto à ela. Primeiro o coiote beijou-a secando suas lágrimas, e então ela sussurrou um segredo nos ouvidos da Grande Mãe. A Grande Mãe balançou a cabeça afirmativamente, e com a ajuda da coiote e da coruja Ela recolheu alguns dos galhos de sua velha amiga Carvalho e elas retornaram à sua filha e ao bebê. Usando os presentes do Carvalho, e os segredos da coiote, a Grande Mãe construiu a primeira fogueira que jamais alguém na ilha havia visto! As fadas ficaram chocadas, elas nunca haviam visto nenhuma dança como aquela sem asas! Os animais sorriram, eles nunca haviam visto cores tão brilhantes, exceto nas flores da primavera.

As filhas não sabiam o que fazer, elas nunca tinham sentido tanto calor como o das areias do verão na praia em pleno meio do inverno!

A Mãe trouxe o bebê bem próximo ao fogo, mais próximo que todos (elas ainda estavam um pouco assustadas com a novidade chamada Fogo). O bebê abriu seus olhos levemente, e começou a mexer seus dedinhos. Então ele sorriu e moveu seus dedos dos pés também.

Quando ele estava quente o suficiente ele aconchegou-se à sua Mãe e mamou, e logo todos estavam certos que o bebê estava bem. Elas estavam muito felizes e então dançaram ao redor do fogo cantando suas canções favoritas e dando pequenos presentes ao fogo. O bebê cresceu forte e feliz por causa do presente do Primeiro Carvalho. Ele teve muitos filhos de si, e ensinou-os a todos a plantar bolotas (frutos do carvalho) na sétima lua escura do ano e então logo haveria muitos carvalhos na ilha.

Todo inverno, na noite mais longa e escura do ano, todas as pessoas que viviam na ilha construíam uma fogueira muito especial. Elas montavam numa árvore com enfeites brilhantes e poeira das fadas. Elas escolhiam um galho especial ou um tronco e cantavam suas canções favoritas enquanto o decoravam.

Então eles davam este tronco todo enfeitado à Fogueira como um presente... e todas as crianças podiam ouvir a história do Primeiro Carvalho. Na noite mais longa do ano, quando você acende uma vela ou faz uma fogueira, lembre-se da história da Primeira Grande Mãe e do coiote que contou à Ela seu segredo. Não importa o quão frio e escuro esteja, o Sol sempre renascerá e nos trará o calor e a luz novamente.