segunda-feira, 13 de julho de 2009


HARMONIZAÇÃO REDE MUNDIAL DO CRISTAL - TRADICIONAL

A Rede do Cristal é uma construção energética criada ao longo das últimas décadas. A Rede utiliza cristais enterrados e outras pedras de forma a criar uma imensa rede de trabalho que pode ser usada para facilitar atos de cura da Terra, comunicação espiritual, e como uma bateria.

Cave seu buraco antes do horário marcado para a harmonização, e após isso, estará pronto.

Comece convocando o Círculo. Se você for trabalhar ao ar livre e não puder enterrar seu cristal em um local mais privado, você poderá querer faze-lo como um Círculo simples: você pode concebe-lo em sua mente, imaginando-o ao seu redor, e então silenciosamente invocar os Quadrantes e imaginando-Os como pilares de luz branca. Poderá também invocar ao Deus e à Deusa silenciosamente.

Naturalmente, se você estiver em um local mais privativo, ou está à vontade para tal, você poderá convocar o Círculo de forma mais elaborada, como você achar mais apropriado. (ver o passo-a-passo na ilustração do início do post)

PASSO 1 - Segure seu cristal em ambas as mãos. Sobre o cristal visualize um triângulo de luz branca tridimensional. Mantenha a visualização deste totalmente preenchido por algum tempo. Então, visualize o triangulo girando no sentido horário.

PASSO 2 - Concentre-se em seu Chakra Cardíaco. Visualize uma esfera de luz branca em seu interior e quando ela estiver bem definida em sua mente, imagine-a enviando um feixe de luz verde, de seu chakra cardíaco para dentro do triangulo girando.

Conforme a luz verde penetra o triangulo, ele modificará seu formato, tornando-se um cubo (ainda girando em sentido horário). Visualize a transformação plenamente. Preencha o cubo com luz verde de seu chakra cardíaco.

PASSO 3 - Uma vez o cubo preenchido com a luz verde, o fluxo deverá ser revertido, e a luz verde retornará, do cubo para seu chakra cardíaco. Visualize a luz verde preenchendo seu coração, e então seu peito, e a segiur todo o seu corpo – bem como o crystal que voce segura nas mãos. Deixe o cristal tornar-se pleno desta luz, e então envolvido com a luz verde, brilhando em todas as direções, tal como um Sol verde.

Coloque ambas as mãos diretamente sobre o buraco recém cavado e foque luz branca descendo para dentro da Terra e ao cristal enterrado.

Agora carregue o cristal para que ele se conecte à Rede do Cristal. isso pode ser feito verbalizando, em voz alta, ou mesmo silenciosamente. Você deve dizer algo como: “Ó cristal, eu o carrego para que se conecte à Rede do Cristal, tornando-se um em suas energias. Através de ti eu acesso à toda a Rede, pela qual me ligo à minha Família Correlliana”.

PASSO 4 - Agora imagine um feixe de luz branca saindo do cristal e sendo impulsionado em uma ou outra direção, no subsolo – este é o cristal conectado à Rede. Você pode ou não estar apto a visualizar em qual direção o feixe se direciona – está tudo bem, não é imperativo que você domine isso por ora. Esta não será a única vez que você usará o cristal e se você não conseguir enxergar exatamente como ele se conecta desta vez, haverá as próximas. Entretanto, se você domina a técnica de visualização, você poderá notar não somente a conexão em seu próprio cristal, mas talvez toda a rede em si mesma.

Agora que seu cristal está conectado, finalize o ritual e desfaça o Círculo, e então limpe-se e descarregue-se.

Para utilizar o cristal futuramente, siga estes passos:

Visualize o cristal enterrado com o cubo de luz em seu interior. Visualize o cubo girando no sentido horário.

Foque um feixe de energia de seu chakra cardíaco para dentro do cubo, e visualize-o transformando-se em um triângulo, sempre girando: o cristal então estará aberto a interagir com você. Quando terminar, visualize a imagem se desfazendo.

Esse procedimento pode ser feito à distância: você não precisa estar, no momento, no exato local onde o cristal foi enterrado.

Para o trabalho com a Rede do Cristal futuramente, você poderá criar novos pontos de acesso com cristais adicionais – é perfeitamente apropriado criar vários pontos de acesso e utilizar um ou mesmo todos os pontos de acesso da Rede do Cristal. o cristal constitui seu ponto de acesso pessoal para a Rede, mas cada cristal também serve para aumentar a Rede e promover a ampliação do momenta de energia – quanto mais, melhor.

Sinta-se à vontade para nos contactar via email e informar a localização aproximada de seu cristal, para auxiliar-nos a garantir a ampliação da abrangência da Rede do Cristal.


OBSERVAÇÃO: No dia 11 de cada mês, é realizado o Ritual da Rede do Cristal. seus propósitos são para o amor, a paz, a esperança e a prosperidade. A energia que é enviada através da Rede pode ser utilizada por quem quer que seja, ao redor de todo o mundo, se assim o desejar.

INVOCAÇÕES PARA CADA PROPÓSITO:

ESPERANÇA

Possam os ventos da esperança soprar
Varrendo para longe a tristeza e a desesperança
Então que a vida novamente plena
Construa um amanhã melhor
Possa a esperança clarear o ar e findar
As nuvens cinzentas do medo e da dor
E brilhar enviando inícios
Que possamos ousar novamente
Poder vencer a escuridão e obscuridade
Ser agora renovada e uma vez mais como um todo
Libertando-nos de todas as limitações passadas
Curados pela esperança contida na alma
Desperta agora na esperança!
Lance asas e voe!
Purifique e libere meu coração!
Tudo é possível e eu
Nas asas da esperança possa clamar minha parte.


PAZ

Possam os Fogos da Paz arderem brilhantes
Trazendo a luz quando o mundo estiver em escuridão
Eliminando o ódio e a intolerancia
Que prejudica a tantos
Possa a luz da paz desfazer as raízes da violência e da amargura
E que nos fatos do mundo
Possa a paz transmutar e deter
A agressão violenta e a arrogancia
Que as detenha, e em nome da humanidade
Dar oportunidade de um futuro promissor
Então eu digo
Então eu rogo
E assim eu me coloco a serviço da paz neste dia


CHAMADO DO AMOR

Possa o amor como a chuva
Preencher plenamente meu coração e minha alma
Fluindo assim para toda a Terra
E assim para todas as coisas como um todo
Amor profundo como o oceano
Límpido como os lagos das montanhas
Coroando todas as emoções
A Sede da Humanidade é atenuada
Pelo amor que penetra e cura o coração
E lava toda a dor
Abrindo então os caminhos para melhores reinícios
Preencher-se e amar aos outros novamente
Preenche-me de amor, como um cálice cheio
Preenche o mundo tal como o mar
Que eu possa conhecer o amor do mundo sem jamais parar
E todo o mundo conhecer o amor que vem de mim


BÊNÇÃO DA PROSPERIDADE

Prosperidade elevada como as sólidas montanhas
Prosperidade que enriquece como solo fértil
Prosperidade profunda como as vastas cavernas
Prosperidade como um todo
Ao mundo como um todo
Prosperidade que auxilia na cura de um coração rancoroso
Prosperidade que auxillia na cura do medo
Prosperidade que ensina a arte da cura
Prosperidade, eu a chamo aqui!
Prosperidade, faça-nos sentir seguros
Prosperidade eu clamo a ti em abundância
Prosperidade e a chamo a manifestar-se agora
Prosperidade, troveje e vibre!
Prosperidade agora em minha vida, eu permito
Prosperidade como o tremer da Terra!


SE DESEJAR UTILIZAR VELAS DURANTE O RITUAL:

AMARELA – ESPERANÇA
PÚRPURA – PAZ
ROSA – AMOR
LARANJA – PROSPERIDADE


A Sociedade Mundial da Grande Rede Cristal realize ritual no dia 11 de cada mês (o horário pode ser o que você dispõe, desde que seja realizado dia 11 do mês). O ritual é realizado pela esperança, paz, amor e prosperidade. A energia enviada através da rede é destinada a todos, ao redor do mundo, àquelas que a desejarem.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O CALENDÁRIO CORRELLIANO E A ERA DE AQUÁRIO

O Calendário Correlliano foi desenvolvido como uma alternativa pagã ao calendário gregoriano, cristão, de uso geral.
Há diversos calendários com orientação pagã, que foram desenvolvidos ao longo de anos, mas muitos não são práticos. A maioria destes foi desenvolvida para uso privado, nunca para uso na vida cotidiana – conseqüentemente, terminam por ter pouca utilidade prática.
O Calendário Correlliano foi desenvolvido com a intenção específica de ser um calendário prático para uso no dia-a-dia como um instrumento real. Um calendário de orientação pagã que possua um uso prático, suas correspondências, sua estrutura – uma substituição em larga escala do calendário gregoriano.
99 AD e 99  passa a ser uma abreviação para 1999 Anno Domini e para o ano de 1599 Peixes, respectivamente.

Assim, o Calendário Correlliano pode ser usado na rotina diária para datação de documentos, manutenção de gravações, etc., sem que possa confundir quem o lê.

O calendário correlliano divide a História de acordo com as Eras Zodiacais de 1600 anos cada.

Estas Eras Zodiacais são cíclicas – cada Era iniciando um novo ciclo. Assim, os anos sempre seguem adiante, e nunca retrocedem como podemos observar no calendário gregoriano para datação de eventos na era antes de Cristo. Quando uma Era termina a próxima Era começa como Ano 0 (Zero).

O tema das Eras Zodiacais é comum, baseada na Precessão dos Equinócios. O termo Precessão dos Equinócios se refere à aparente mudança sobre o curso dos séculos numa dada constelação zodiacal o Sol aparece ao Equinócio Vernal.

Entretanto, enquanto muitos sistemas utilizam as Eras Zodiacais, poucas concordam entre si no quanto dura uma Era Zodiacal. Isso ocorre porque o período de uma Era Zodiacal é determinado pelo período em que dada constelação zodiacal o Sol surge ao Equinócio Vernal: desde que as constelações variem grandemente em tamanho, não há como determinar precisamente, dessa forma, o período de tempo. Não somente isso, mas qual constelação zodiacal o Sol surge ao Equinócio Vernal e em que ano a constelação é substituída pela próxima numa série não seria necessariamente a mesma em todas as partes do mundo – de fato, isso não é sempre relevante dos melhores pontos na Terra.

A isso segue, conseqüentemente, que se alguém toma uma Era Zodiacal de igual duração para toda a Terra, esta deverá assumir que elas são baseadas não nas constelações astrológicas somente, mas nos padrões de tempo que se repetem, os quais podem ser deduzidos através de várias formas.

Por esta razão o calendário correlliano, enquanto estruturado zodiacalmente, é certamente baseado na Numerologia, utilizando o número quatro como raiz. O quatro é o número da manifestação física e da estabilidade, o número dos Quatro Quadrantes e dos Quatro Elementos, e por isso um número perfeito para estes propósito.

O uso do número quatro foi inspirado através de um sonho no qual ocorria enquanto o calendário estava sendo formulado.

No calendário correlliano cada Era Zodiacal consiste em um total de 1600 anos (400 vezes 4). Assim, recentemente entramos em uma Nova Era: a Era de Aquário.

O primeiro e último ano da sobreposição de cada era são, na verdade, dois anos em um. Assim o ano de 1600 Peixes foi também o ano 0 (zero) de Aquário, e coincidiu com o ano cristão de 2000 AD.

As últimas Eras estão listadas abaixo:


Era de Gêmeos (4400 - 2800 aC)

Era de Touro (2800 - 1200 aC)

Era de Áries (1200 aC - 400 AD)

Era de Peixes (400 - 2000 AD)

Era de Aquário (2000 - 3600 AD)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Solstício de Inverno - YULE


- YULE (20-22 Dez/Hemisfério Norte; 20-22 Jun/Hemisfério Sul): celebra-se o Solstício de Inverno, cuja data pode variar. ESCURO

YULE: o Yule é celebrado no SOLSTÍCIO DE INVERNO e marca o ponto alto do mesmo. A palavra Yule tem origem do termo germânico “Iul” e significa “Roda”. Yule celebra o Inverno, e com ele o renascimento do Deus Sol. Como Yule corresponde ao dia de duração mais curta do ano, ele marca o dia em que há a menor intensidade de incidência da luz do Sol, e após isso, o Sol recomeça a se fortalecer.

Yule é um sabbat solar e é consagrado ao Deus Ancião, o Senhor do Inverno. Este antigo Deus possui muitos nomes, tais como Cernunnos, Odin, Harlequin, Santa Claus, e o Rei do Azevinho. Este Deus é descrito como um homem idoso, majestoso e freqüentemente alegre. Algumas vezes Ele é mostrado como um Rei em vestes enfeitadas com arminho. Outras vezes Ele é mostrado como um bufão e chamado de Rei dos Tolos. Como a Anciã é a Deusa da Morte, o Deus Ancião é o Senhor da Morte e do Mundo Espiritual e mágico. Ele é o Deus das florestas, dos animais, e da caça. Freqüentemente Ele é mostrado com cornos ou chifres. Nesta forma Ele é o tema de uma das pinturas mais antigas de que se tem conhecimento, “Le Sorciere”, uma pintura rupestre da Era Cro Magnon.

O Yule é também conhecido como Ápice do Inverno (Midwinter), e como Alban Arthan (pronuncia-se “AL-bahn AR-than”).

(Fonte: Correllian Wicca First Degree Course. Lesson 3)

CRIANDO UM ALTAR PARA YULE

Velas são extremamente importantes neste Sabbat, pois é uma celebração da luz. Use velas vermelhas, verdes e brancas. Use sempre-vivas de todos os tipos, e fragrâncias agradáveis. Azevinho e seus frutos vermelhos são também uma adição maravilhosa à decoração. Use um símbolo solar para celebrar o retorno do Sol. Os druidas reverenciavam os frutos brancos do visco como análogo ao sêmem do Deus, e por isso o visco também pode ser colocado no altar, ou junto às portas para o tradicional beijo sob estes (é possível nossos Ancestrais deixarem mais que um beijo sob este símbolo de fertilidade). Frutos do carvalho, pinhas, maçãs, bastões de canela e romãs são apropriadas para a decoração do altar em Yule.
Lembre-se: os frutos do visco são extremamente venenosos e por isso mantenha-os longe do alcance de crianças e animais!

MITOLOGIA DO YULE – CONTO

“O PRIMEIRO YULE”
(Autor desconhecido – retirado da lista de discussão Begginers Wicca – http://br.groups.yahoo.com/groups/beginnerswicca )

Era uma vez, há muito tempo atrás, uma jovem que vivia numa ilha.

Ela tinha muitos amigos na ilha, fadas, árvores, flores, coelhos, gamos e aves... mas ela era a única pessoa que lá vivia. Ela queria compartilhar seus amigos e seus segredos com outras pessoas como ela, então ela começou a dar à luz. Todo mês quando a lua estava
alta, ela dava à luz. Pelos primeiros seis meses ela deu à luz a filhas com pele e olhos escuros.

Nos seis últimos meses do ano ela deu à luz a filhas de pele branca. Na sétima Lua de cada ano a Primeira Mãe dava à luz a carvalhos sagrados e mágicos.

Com o passar dos anos muitas filhas nasceram, mas apenas poucos carvalhos. As filhas brincavam com os animais e entre elas, subiam nos galhos dos carvalhos e colhiam flores com as fadas. Um dia a filha mais velha da Primeira Grande Mãe deu à luz a si mesma!

A Primeira Grande Mãe ficou orgulhosa e feliz, sua amiga favorita, uma árvore de carvalho (que era muito sábia) deu à ela uma coroa prateada para usar e disse-lhe que ela era agora a Grande Mãe!

Logo, muitas filhas deram à luz, e a ilha tornou-se um lugar sempre feliz, cheio de bebês e meninas e mamães as quais todas brincavam juntas com os animais, as árvores e as Fadas.

Em uma noite de inverno quando a lua estava alta, uma das filhas deu à luz a um bebê que era diferente de qualquer outro que elas conheciam. Ele não era uma filha, nem um carvalho, era um bebê MENINO! Era uma noite muito fria e escura, a noite de inverno mais longa do ano, e então todas as filhas e todos os animais estavam agarrados uns aos outros para manterem-se confortáveis e aquecidos.

Após a euforia de ver um bebê recém-nascido, as filhas e os animais notaram que o bebê menino não estava passando bem.

Ele não estava tão forte ou tão quente como os bebês e as árvores que normalmente nasciam na ilha. Todas começaram a se preocupar com o novo bebê, e tentaram ajuda-lo a manter-se aquecido. Os animais com sua pelagem se colocaram junto à Mãe e o bebê, as fadas lançaram poeira mágica sobre ele, e as meninas mais novas cantaram lindas canções por todo o local.

Mas o bebê não se mantinha quente suficiente e em breve ele estaria muito frio e cansado para chorar ou para mamar o leite de sua Mãe. A primeira Grande Mãe estava muito preocupada com o bebê!

Ela tentou esconder suas lágrimas de suas filhas e correu para a floresta. A neve estava muito profunda e cheia de cristais brancos. Ela tentou caminhar, mas estava fundo demais. Então sua amiga, a coruja carregou-a por sobre a neve, e entrou na floresta mágica onde vivia sua amiga, a primeira árvore, a sábia árvore de carvalho sagrado. A Primeira Grande Mãe pensava em pedir à Sua amiga um conselho sobre o bebê menino. Quando a coruja chegou ao Sagrado Carvalho, a Grande Mãe deu um grito de espanto!

Não havia muita neve no chão ali, e no meio de um círculo perfeito jazia sua amiga, o Carvalho.

A árvore havia caído ao chão e quebrou numa pilha de troncos e galhos. Ela avançou para ajoelhar-se ao lado da árvore quebrada, e suas lágrimas correram como pequenos pedaços de gelo em sua face.

Enquanto ela tentava entender o que havia acontecido com sua querida amiga, um coiote adentrou o círculo e roçou junto à ela. Primeiro o coiote beijou-a secando suas lágrimas, e então ela sussurrou um segredo nos ouvidos da Grande Mãe. A Grande Mãe balançou a cabeça afirmativamente, e com a ajuda da coiote e da coruja Ela recolheu alguns dos galhos de sua velha amiga Carvalho e elas retornaram à sua filha e ao bebê. Usando os presentes do Carvalho, e os segredos da coiote, a Grande Mãe construiu a primeira fogueira que jamais alguém na ilha havia visto! As fadas ficaram chocadas, elas nunca haviam visto nenhuma dança como aquela sem asas! Os animais sorriram, eles nunca haviam visto cores tão brilhantes, exceto nas flores da primavera.

As filhas não sabiam o que fazer, elas nunca tinham sentido tanto calor como o das areias do verão na praia em pleno meio do inverno!

A Mãe trouxe o bebê bem próximo ao fogo, mais próximo que todos (elas ainda estavam um pouco assustadas com a novidade chamada Fogo). O bebê abriu seus olhos levemente, e começou a mexer seus dedinhos. Então ele sorriu e moveu seus dedos dos pés também.

Quando ele estava quente o suficiente ele aconchegou-se à sua Mãe e mamou, e logo todos estavam certos que o bebê estava bem. Elas estavam muito felizes e então dançaram ao redor do fogo cantando suas canções favoritas e dando pequenos presentes ao fogo. O bebê cresceu forte e feliz por causa do presente do Primeiro Carvalho. Ele teve muitos filhos de si, e ensinou-os a todos a plantar bolotas (frutos do carvalho) na sétima lua escura do ano e então logo haveria muitos carvalhos na ilha.

Todo inverno, na noite mais longa e escura do ano, todas as pessoas que viviam na ilha construíam uma fogueira muito especial. Elas montavam numa árvore com enfeites brilhantes e poeira das fadas. Elas escolhiam um galho especial ou um tronco e cantavam suas canções favoritas enquanto o decoravam.

Então eles davam este tronco todo enfeitado à Fogueira como um presente... e todas as crianças podiam ouvir a história do Primeiro Carvalho. Na noite mais longa do ano, quando você acende uma vela ou faz uma fogueira, lembre-se da história da Primeira Grande Mãe e do coiote que contou à Ela seu segredo. Não importa o quão frio e escuro esteja, o Sol sempre renascerá e nos trará o calor e a luz novamente.

quarta-feira, 25 de março de 2009

SÍMBOLOS PAGÃOS NA RELIGIOSIDADE E EM FESTAS POPULARES NO BRASIL


Nas festas típicas brasileiras, em seu folclore, podemos encontrar uma variedade significativa de símbolos pagãos que sobreviveram ao poder político de Cristianismo católico na Europa, através dos séculos, e chegaram até o chamado “Novo Mundo” com seus colonizadores portugueses, bem como nos anos subseqüentes, através dos imigrantes que aqui se estabeleceram.

O resultado é uma mescla de tradições e culturas, muitas das quais foram sendo gradativamente incorporadas e, apesar de seu significado original ter sido perdido através dos séculos, desde a incorporação e adaptação dos ritos pagãos ao cristianismo católico, muitas destas tradições ainda são praticadas, embora adaptadas e com nova (relativamente) roupagem.

Uma das festas folclóricas mais praticadas no Brasil são as FESTAS JUNINAS. No calendário cristão católico, são ditas em homenagem aos santos da Igreja Católica Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho), e nelas é praticada a dança popularmente chamada “quadrilha”. Particularmente Santo Antônio é que reúne o maior número de correspondências pagãs relativas a Beltane, onde no Paganismo se celebra o Sagrado Casamento, a União da Deusa e do Deus. No catolicismo romano, é a Santo Antônio que são atribuídas as propriedades de “santo casamenteiro”, e é por ocasião de sua data que são realizadas inúmeros ritos de magia popular, as chamadas “simpatias” objetivando o grande amor da vida, o casamento, quer seja desejado de imediato, ou em um futuro não tão distante. Mas ao longo dessas três datas podemos notar o predomínio de simbolismos pagãos nos elementos de suas festas.

A “quadrilha”, tipo de dança que chegou ao Brasil através dos portugueses, reúne em si as características das danças executadas nos ritos de fertilidade, mas infelizmente, como ela foi incorporada pelo cristianismo católico, seu real significado se perdeu completamente, passando a ser somente “folclore”. No entanto, características como a dança de roda e espiral, as fogueiras, o mastro-de-fitas, e mesmo o “pau-de-sebo” são vestígios dos festivais pagãos de Beltane, e que persistem até os dias de hoje, e são fortemente arraigados na cultura popular brasileira.

A Quadrilha:

A dança de Quadrilha, é uma dança de pares, que é guiada por um “quadrilheiro”, uma espécie de instrutor que diz os passos que serão dados durante a apresentação, e durante a dança são feitas evoluções como:

- Troca de pares: os pares se trocam entre si em determinado momento da dança, misturando-se uns aos outros, quando o quadrilheiro fala “tocando de par!”, e vão dançando em um ritmo que lembra uma mistura de valsa com polka, até que o quadrilheiro fala novamente “pegando seu par”;
- Dança de fila: dançam evoluindo de diferentes formas, mas sempre em fila, um cavalheiro com as mãos nos ombros de uma dama, intercalando-se homens e mulheres em fila, até a próxima ordem do quadrilheiro, passando a outro passo;
- Cortejo das damas: cada “dama” senta numa cadeira que é colocada no centro do local onde está ocorrendo a dança, e ela é cortejada sucessivamente por vários “cavalheiros” (dos outros pares), e ela recusa a todos. Somente aceita aquele que a corteja quando é seu par na dança, voltando a dançar. Após todas as damas serem cortejadas por diferentes cavalheiros e aceitar o cortejo de seu par, o quadrilheiro dá a ordem para o próximo passo;
- Dança com o mastro-de-fitas: nesse ponto da dança, que ocorrem próximo ao final da apresentação, um mastro é colocado no centro da área de dança, onde estão presas à sua extremidade superior várias fitas. Cada membro da quadrilha pega na ponta de uma fita e vai dançando, passando por dentro e por fora da roda, e assim trançando as fitas. Há alguns grupos de quadrilha que encerram esta etapa da dança quando termina-se de trançar o mastro, e outros continuam evoluindo na dança para destrançar o mastro. O mastro de fitas, como é dançado em volta, como as fitas são trançadas, ocorre da mesma forma que a dança que se faz em torno do Maypole nos rituais de Beltane;
- “Coroa-de-Flores”: é um passo em que, cada par, fica o cavalheiro de frente para a dama, de mãos dadas para cima, formando um arco. Por debaixo deste arco vão passando sucessivamente os outros pares, um a um, e o par que chega na frente assume a posição com mãos dadas e braços em arco, e assim vão os casais passando por baixo dos braços em arco de outros pares, sucessivamente, até que o casal principal chega novamente à posição à frente de todos;
- O “Casamento Caipira”: toda festa junina que se preze tem, na dança de quadrilha, o casamento caipira. Para nós pagãos, é nítida a depreciação com relação ao Sagrado Casamento. Os noivos do casamento caipira formam o primeiro par do grupo de dança de quadrilha, e são eles que conduzem a dança, sob as ordens do quadrilheiro. No começo ou no final da seqüência da dança, é “celebrado” um casamento com os seguintes personagens: um padre, a noiva, o noivo, o pai da noiva, o delegado (policial) e convidados. Todos os personagens presentes no casamento são membros do grupo de dança de quadrilha. É realizada a alegoria do casamento caipira, em que o noiva comumente já se encontra grávida, e o noivo não quer casar. E ele casa à força, sob os olhos do policial e intimidado pelo pai da noiva, e o padre nada faz, só professa a cerimônia. No meu modo de ver, apesar de todo humor característico de toda a apresentação, o casamento caipira numa festa junina me faz sentir um pouco triste, pois toda a beleza e propósito de um festival de Beltane é banalizada, a ponto do Sagrado Casamento ter sido colocado como uma coisa cômica e depreciativa. Mas, como a maioria da sociedade não é pagã, e não conhece as origens do casamento caipira, bem como não conhece o fundamento do mastro-de-fitas (Maypole).

As comidas típicas das festas juninas são quentes, típicas de clima frio, e incluem ingredientes como gengibre, amendoim, milho, coco. Algumas comidas típicas dessa época são:

- Bolo de milho;
- Amendoim torrado (salgado);
- Pé-de-moleque (um doce originalmente feito com amendoins inteiros caramelados com mel ou calda de açúcar, em ponto de corte);
- Paçoca (doce feito com amendoim moído e adicionado açúcar e sal);
- Pamonha (doce ou salgada, feita com milho triturado/ralado com leite e cozida, embalada na própria palha do milho);
- Curau (doce feito da mesma forma que para pamonha, sendo coado e cozido diretamente na panela, como um creme doce ou salgado de milho);
- Quentão (bebida feita à base de um forte chá de gengibre e adicionado cachaça e açúcar).

Essas são algumas características dos festejos juninos (típicos do Brasil), que incorporaram diversas festas pagãs da Antiguidade, incorporação esta feita pelo catolicismo de forma a vencer a resistência dos habitantes das zonas rurais européias, que dificilmente convertiam-se à nova religião (cristianismo católico), e que para tanto esta foi aos poucos incorporando elementos pagãos aos festejos religiosos.